domingo, 3 de abril de 2011

WEB 2.0 e os seus caminhos virtuais

Transformar, mudar, evoluir. Esse é o caminho de toda sociedade. E com o advento da internet essas transformações foram cobradas, desejadas, executadas. São os novos rumos da cibercultura em tempos de velocidade, instantaneidade, atemporalidade. É a Web 2.0 modificando as maneiras de navegar no mundo virtual; antes estática, agora dinâmica.

Na primeira geração da web, os objetivos comuns dos sites presentes na internet eram com a publicação dos conteúdos, normalmente elaborada por pessoas especialistas, e disponibilidades de dados, tornando essas páginas estáticas, sem interatividade e com conteúdos isolados. As relações nessa geração eram individuais e a interação era relacionada com processos de ação e reação, comuns, por exemplo, nos contatos através de email, onde um sujeito escreve e outro responde.

Com os avanços tecnológicos, a evolução na comunicação e para atender as necessidades da sociedade contemporânea, surge a Web 2.0 como uma urgência dos nativos digitais em interagir nesses ambientes que fazem parte do seu cotidiano. É o desejo de sair da passividade para criar, editar, participar, enfim, ser ativo no ciberespaço. Segundo Primo:

A Web 2.0 é a segunda geração de serviços online e caracteriza-se por potencializar as formas de publicação, compartilhamento e organização de informações, além de ampliar os espaços para a interação entre os participantes do processo.” (Primo, 2007, p.1)

A Web 2.0 é um convite à interação. Seu foco é na interação e participação dos sujeitos no ciberespaço. Os ambientes virtuais são mais propícios a criação e manutenção das redes sociais. As comunidades virtuais fazem parte do cotidiano dos sujeitos com interesses em comum. Os conteúdos são produzidos coletivamente. Os arquivos são socializados, podendo ser baixados ou postados. Tudo isso num movimento constante, fluido e dinâmico.

Em tempos de cooperação, as produções são colaborativas e as construções dos saberes ocorrem de forma coletiva. “É uma inteligência distribuída por toda a parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva das competências”. (Lévy, 1998, p.28). Dessa maneira, quanto mais pessoas estiverem conectadas, interagindo e participando, mais produções serão criadas e mais saberes construídos, valorizando assim as práticas colaborativas e as autorias. Os sujeitos são produtores e consumidores de conteúdos. Os conteúdos são interativos e interligados, convidando os sujeitos para uma exploração mais complexa e completa na sua navegação.

Muito dos avanços da Web 2.0 se deu por conta da convergência das tecnologias, dos espaços, das pessoas, das linguagens. Nessa geração, todos estão conectados e essa conexão acontece em rede. A convergência das mídias também acontece nas diversas funções que os dispositivos móveis de comunicação possuem.

“Quando unimos em um mesmo aparelho as funções de escrita; tocar, executar e gravar áudio e vídeo e ao mesmo tempo estar conectado na Internet sem fios temos unidades móveis capazes de suportar a convergência de mídias” (Pellanda, 2003, p.8).

A mobilidade representa mais uma evolução da Web 2.0. Com os dispositivos móveis e com a interligação de diversas redes de comunicação, a acessibilidade ao ciberespaço passa a ser constante e instantânea. Nessa perspectiva, segundo Pellanda (2003), a comunicação passa a ser ubíqua, ou seja, acontece em qualquer lugar e em qualquer horário. Como conseqüência dessa mobilidade e para atender os sujeitos que interagem através dos seus portáteis, diversos sites e serviços da web ganharam versão compatível com esses atuais dispositivos de comunicação. Dessa forma, as informações não se limitam às palmas das mãos e como autores e colaboradores, as informações são potencialmente difundidas, justamente pela facilidade de registrar e publicar os acontecimentos sociais.

É o poder da comunicação na Web 2.0. É a necessidade de estar em comunidade interagindo. São as linguagens liquidas produzindo informações em todos os momentos e em todos os lugares. São as mudanças comuns à vida em sociedade.




LÉVY, Pierre. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. São Paulo: Record, 1998.

PELLANDA, Eduardo Campos. Convergência de mídias potencializada pela mobilidade e um novo processo de pensamento. In: XXVI Congresso Anual em Ciência da Comunicação – INTERCOM - Belo Horizonte/MG, 2003. Disponível em: http://galaxy.intercom.org.br:8180/dspace/bitstream/1904/4747/1/NP8PELLANDA.pdf   Acesso em 03/04/2011

PRIMO, Alex. O aspecto relacional das interações na Web 2.0. E- Compós (Brasília), v. 9, p. 1-21, 2007.
__________. Fases do desenvolvimento tecnológico e suas implicações nas formas de ser, conhecer, comunicar e produzir em sociedade. In: PRETTO, Nelson De Luca; SILVEIRA, Sérgio Amadeu da. Além das redes de colaboração: internet, diversidade cultural e tecnologias do poder. Salvador: EDUFBA, 2008.




Um comentário:

  1. Olá Ana,
    estamos avançando, mas procure escrever textos mais argumentativos. Vc ainda está trazendo muitas informações, mas sem discutir as ideias. Dessa forma, o texto fica muito telegráfico. Traga menos ideias e discuta-as com maior profundidade, fazendo com que o texto tenha um fio condutor evidenciado e possa se perceber tuas ideias e posicionamentos com clareza.

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