domingo, 22 de maio de 2011

A MOBILIDADE POTENCIALIZA NOVAS RELAÇÕES

A idéia de mobilidade não é recente, ela já faz parte da nossa sociedade desde a época em que o nomadismo era a referência social. Assim, a mobilidade partindo de uma idéia tradicional, é entendida através do movimento, deslocamento.
Com a necessidade dos limites territoriais, a mobilidade passa a ser tratada com a idéia de territorialiedade, onde, se deslocar entre esses limites já caracterizava uma mobilidade. Essa idéia perdurou por bastante tempo, até a consolidação dos meios de transportes e dos meios de comunicação. Nessa fase, os limites territoriais começam a ser derrubados, caracterizando uma mobilidade globalizada, onde as relações, os saberes, as interações, são universais e as idéias de espaço e tempo começam a ser modificadas.
Avançando a idéia de mobilidade, na era da globalização chega-se ao formato atual, onde a mobilidade é virtualizada com todas as suas conexões móveis e sem fio. Nesse momento, as idéias de territorialização, endereços fixos, solidez, não fazem mais parte desse contexto; sendo agora marcados pela desterritorialização e pela liquidez comuns à mobilidade.
Essa transição histórica da mobilidade são complementares e convergentes, sendo necessário a existência de uma para o surgimento da outra. Assim, elas se complementam e todos possuem seu valor na evolução social e tecnológica.
A mobilidade como idéia de fluidez e deterritorialização está relacionada as possibilidades das pessoas de superar as dificuldades do movimento e assim alcançar a sua acessibilidade. Ou seja, a mobilidade só terá sentido como fluidez e ubiqüidade, quando de fato os acessos, uma vez reduzido pelas limitações das questões impostas pela presença e pela territorialidade, forem superados, possibilitando que as pessoas alcancem seus objetivos em qualquer lugar e qualquer tempo.
Enfim, a mobilidade promove novas relações com o tempo, com o espaço e com os diversos territórios representando uma característica dos dias atuais e da sociedade moderna, em que vê essas relações com um novo olhar de maleabilidade, flexibilidade e da capacidade de moldar-se em relação às infinitas estruturas.

                                                       FOTO: Seminário sobre Mobilidade

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